terça-feira, 23 de abril de 2013

O Civismo Japonês



Ao contrário do que acontece em Portugal, o civismo existe no Japão. Vejam o caso desta foto. Uma rua limpa, sem dejectos caninos, sem sacos de lixo espalhados pelo chão, sem calçadas onduladas e sem automóveis em cima de passeios ou no meio da rua ou em cima dos arbustos. Em relação a estes últimos, saibam que no Japão existe uma lei muito restritiva que acaba por ser também de bom senso comum e que proíbe o estacionamento de automóveis na via pública, de qualquer maneira. Quero com isto dizer que se alguém que adquire um imóvel, não tiver um espaço para o estacionamento do automóvel, dentro da área do imóvel, não pode comprar automóvel ou vice-versa.
Existem por isso muitos terrenos de pessoas que não pretendem construir casa que são utilizados para aluguer de espaço para estacionamento de automóveis de habitantes das redondezas que não têm espaço de estacionamento.
Reparem também (no lado direito da fotografia) numa calha tapada que segue junto às casas. Esta calha tem como serviços nela inseridos, as condutas de água, gás e penso também que de esgotos. Assim e se acontecer uma ruptura numa destas condutas, basta levantar as tampas e resolver o assunto, ao contrário do que se passa cá com buracos aqui e ali. Estas calhas não incluem a electricidade e as comunicações pois como o Japão está situado em cima de várias falhas sísmicas e costuma ter tremores de terra, se acontecer algum problema nas calhas, irá ter a electricidade e as comunicações cortadas o que não ajuda em caso de catástrofe. Por isso se vêem muitos postes e muitos fios pelas ruas. Nas fotos abaixo estão dois exemplos de estacionamento num terreno pertencente ao imóvel.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Máquinas de venda automática

As máquinas de venda automática mais comummente chamadas de "vending machines" são muito populares no japão. Estão presentes em todo o lado e mesmo em locais onde passam poucas pessoas elas estão colocadas o que me leva a pensar que as empresas que as gerem têm como primeiro objectivo servir a população antes de obter o lucro fácil. Normalmente estas máquinas vendem produtos alimentares como por exemplo: sumos, chás, bebidas vitamínicas, café frio e quente, sandes, bolos, água, etc. No entanto existem máquinas que vendem revistas, jornais, aparelhos electrónicos, lotarias, produtos de beleza, cd's, brinquedos e muitos mais artigos.
Na primeira foto está uma máquina de venda automática normal que contém águas, sumos, chás, cafés e bebidas energéticas.
A facilidade de qualquer pessoa ter acesso a estas máquinas poderá levantar a questão do perigo que é dar acesso fácil a crianças, se se tratar de bebidas alcoólicas por exemplo. Ora, no japão a consciencialização da população para este perigo coloca esta hipótese de parte porque desde pequenos, os japoneses aprendem o que devem e não fazer e respeitam muito, todas as regras de viver em sociedade.
Na segunda foto fotografei uma das mais avançadas máquinas de vendas automáticas que tratando-se de um écran táctil, é possível escolher o artigo que se deseja tocando no écran e se se deseja que a máquina desenrosque um pouco a tampa da garrafa ou não. Como podem observar, trata-se de jovens que escolheram neste caso, uma garrafa de água.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Hotel Capsula

O Japão tem características muito particulares que não existem em mais nenhum país no mundo. O exemplo de que vou falar, causa algum espanto a algumas pessoas e claustrofobia a outras.
Os hotéis capsulas são como o próprio nome indica, hotéis cujo espaço para pernoitar é reduzido a um tamanho de 2 metros de comprimento por 1 metro de largura e 1,25 de altura. Apesar de causar estranheza, este tipo de hotel tem todas as comodidades para quem quer apenas descansar após um dia de trabalho ou mesmo para passar uma noite. O pequeno quarto tem televisão, ar-condicionado, acesso de rede sem fios e um pequeno compartimento onde pode ser guardada uma mala. Estes quartos estão colocados lado a lado e empilhados com outros quartos por cima. A casa de banho é comum a todos os quartos e alguns hotéis têm restaurantes ou pelo menos máquinas de venda de produtos alimentares.
Este tipo de hotel é utilizado maioritariamente por homens de negócios que ficaram até tarde no emprego e que perderam o último comboio para casa. Pretendem então apenas pernoitar sem ter que pagar por um quarto de hotel normal. O mais engraçado é que na recepção do hotel costumam ter à venda, camisas e gravatas novas para quem quiser ir para o trabalho, no dia seguinte, todo "engomadinho".
Devo dizer que apesar de ter estado à porta deste que está na foto e que se situa no mercado de Ameya Yokocho, perto do parque Ueno, ainda não tive a experiência de pernoitar num destes hotéis embora conheça as suas características desde o primeiro ano que fui ao
Japão.

sábado, 28 de abril de 2012

O Japão em 2012

De volta às mensagens aqui no blog. Este ano fui ao Japão mais uma vez, para mostrar o meu apoio a este maravilhoso país, depois da tragédia que aconteceu no ano passado.
Na minha opinião, o Japão está um pouco mais triste. As pessoas estão ainda em choque com o que aconteceu à um ano, talvez porque, sendo a nação mais bem preparada para uma catástrofe deste tipo, nunca esperaram vir-lhes a acontecer o que de facto aconteceu. Nas minhas outras viagens ao Japão, quando se sentia um abalo sísmico, parecia que só eu ficava em pânico sem saber o que fazer. Todas as outras pessoas, agiam como se nada acontecesse, tal era o grau de preparação que tinham. Nesta viagem, houve um dia em que se sentiu um sismo de 5.9 na escala de Richter e as pessoas ficaram em pânico, havendo informação nos canais televisivos, logo de seguida, com as possíveis réplicas e possível tsunami.
Quanto à tecnologia, que toda a gente espera ver quando visita o Japão, não vi grandes lançamentos de produtos novos, talvez porque também no Japão, se está a sentir o efeito da recessão económica e por esse motivo as empresas não lancem tantos produtos e tecnologias como dantes, esperando, que a economia das famílias volte ao normal consumismo que uma cultura como a Japonesa está habituada.
A foto que deixo nesta mensagem mostra as primeiras flores de cerejeira com um comboio Shinkansen a passar em fundo.

quarta-feira, 4 de maio de 2011


O piloto de Ralis, Português, Armindo Araújo, que este ano está a disputar o campeonato WRC, depois de ter sido dois anos consecutivos campeão do mundo na categoria de produção, com um Mitsubishi Lancer, participou no Rali de Portugal e que nesta semana participará no Rali da Sardenha com uma bandeira Japonesa na porta do seu Mini WRC. O piloto mostra com isto, o seu apoio às vitimas do sismo do Japão.
Outros pilotos do campeonato também colaram uma bandeira Japonesa nos seus automóveis para mostrar que todo o mundo está com as vitimas Japonesas.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tradução para várias línguas

A partir de agora e com tradução para várias línguas, o blog promete estar mais activo. Basta clicar na bandeira do seu país para ter a tradução.

domingo, 28 de junho de 2009

O arquipélago de Okinawa

Quando me desloquei de férias com a minha esposa à ilha de Okinawa em 2002 já conhecia algo sobre a ilha mas muito pouco do que este arquipélago realmente representa para o Japão. Efectivamente Okinawa representa para o Japão o que por exemplo as Caraíbas, o Brasil ou a Madeira representam para nós. Ilhas paradisíacas que pouco têm a ver com o resto do Japão. O arquipélago de Okinawa é conhecido como o Havaí do Japão.
O meu conhecimento sobre Okinawa resumia-se ao nascimento do karaté, à última grande batalha da segunda guerra mundial, que ficou a ser território Norte-Americano após a rendição do Japão e até 1972 quando foi entregue à administração japonesa outra vez e à lenda da longevidade dos habitantes desta ilha. Efectivamente já foram feitos vários estudos por vários países para saber o porquê dos habitantes destas ilhas terem uma tão grande longevidade com mente sã. Uns dizem que é por causa de uma planta originária de lá, outros dizem que é por causa do seu clima tropical. O que eu sei é que desde a chegada ao aeroporto de Naha, capital de Okinawa, senti-me como se estivesse noutro país que não o Japão.
Devo dizer também que pelo facto das viagens para Okinawa serem tão caras, são muitos os japoneses que preferem ir de férias para outras paragens como por exemplo: Bali, China ou Tailândia, porque ficam mais baratas.
Quando chegámos ao aeroporto fomos presenteados com colares de flores como se costuma ver no Havaí.
No hotel onde ficámos instalados havia um pouco de tudo. No grande Hall de entrada, um jardim com animais, praia privada com restaurante abaixo de nível do mar para podermos ver os peixes, piscina natural com golfinhos, piscina interior e exterior, passeios no fundo do mar, etc.
No Japão tem-se um grande gosto pela beleza seja ela na confecção da comida, construção das casas, bem estar de convidados, enfim tudo o que poderá agradar aos turistas. Devo dizer também que no Japão não é costume dar gratificações e se algum funcionário parecer estar a agradar de uma forma diferente do normal, não se está a fazer à gratificação, porque não gostam de incomodar os turistas.
A foto mostra a nossa viagem a um parque natural perto do Hotel onde se mostra toda a natureza originária das ilhas de Okinawa. Apanhámos um barco conduzido por um funcionário do parque que cantava e contava anedotas em japonês enquanto ia mostrando toda a fauna e flora da ilha.
Os trajes tradicionais de Okinawa são também muito diferentes do resto do Japão com cores muito mais vivas onde sobressai o vermelho da influência Chinesa neste arquipélago e motivos mais floreados, porque estamos nos trópicos.



When i went on holiday with my wife to the island of Okinawa in 2002 already knew something about the island but very little of what this archipelago really represents to Japan. Actually Okinawa represents to Japan which for example the Caribbean, Brazil or Madeira represent to us. Paradisiacal Islands which have little to do with the rest of Japan. The islands of Okinawa is known as the Hawaii of Japan.
My knowledge on Okinawa collating the birth of karate, the last major battle of world war 2 which begin to be American territory after the surrender of Japan and til 1972 when it was delivered to the Japanese administration again and legend longevity of the habitants of this island. Actually has been made several studies by several countries to learn why habitants of these islands have a longevity with healthy mind. Some say that it's because of a plant originating from there, others say that is because of its tropical climate. What i know is that since the airport of Naha, capital of Okinawa, i felt as if were in another country other than Japan.
I must also say that because of trips to Okinawa are so expensive, there are many Japanese who prefer to go on holiday to other stops for example: Bali, Thailand, China because they are cheaper.
When we arrived at airport were presented with necklaces of flowers as you see in Hawaii.
At the hotel where we were installed had a bit of everything. In large foyer, a garden with animals, private beach with restaurant below sea level to be able to see the fish, swimming with dolphins, indoor and outdoor pool, walks on the seabed, etc.
In Japan the great taste for beauty is in the making of food, construction of houses, well-being of guests at everything that may appeal to tourists. I must also say that in Japan is not usual to give tips and if any employee seem be nice to you it's normal, because they not want to bothering the tourists.
The photo shows our trip to a natural park near the hotel that shows all nature of the islands of Okinawa. We take a boat led by an official of the Park that sing and tell some jokes in Japanese while showing all the fauna and flora of the island.
The traditional Okinawa are also very different from the rest of Japan with live colors where you can see the Red from the Chinese influence in arquipelago and floral motives because we are in the tropics.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

As cores do Outono


No Japão dá-se grande importância às quatro estações do ano. A que está agora a iniciar, o outono é particularmente importante porque é a que faz a transição entre o quente e húmido verão e o seco e frio inverno. Também é nesta altura do ano em que acontece mais uma observação apaixonada das folhas em tons avermelhados das árvores, antes que caiam para anunciar o inicio do inverno. Como todos sabemos, os Japoneses são apaixonados pela natureza e nesta altura, deslocam-se até ao jardim mais próximo da sua residência ou do seu trabalho para contemplar os diferentes e lindíssimos tons de vermelho que as folhas das árvores adquirem.
Não é raro ver árvores com folhas muito avermelhadas, como esta da foto, mais parecendo um efeito de fotografia. O seu "efeito" natural é no entanto tão real e belo que vale a pena uma deslocação até lá para constatar a realidade.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A cidade eléctrica


Um turista que esteja em Tóquio terá muito para ver. Desde o palácio Imperial com os seus lindíssimos jardins, os templos de Asakusa, o bairro fino de Ginza, a ilha artificial que é só o maior centro tecnológico do mundo inteiro, Odaiba, etc. Serão muitos os motivos para passeio mas um é que não pode perder. A cidade eléctrica Akihabara. Akihabara é um bairro de Tóquio com uma extensão semelhante á da Avenida da Liberdade, cheia de lojas de electrónica de consumo. Aparelhagens HI-FI, discos, instrumentos musicais, filmes, electrodomésticos, jogos, máquinas de fotografar, máquinas de filmar, computadores, enfim, tudo o que possam imaginar neste tipo de mercado existe aqui e se não encontrarem aqui não encontrarão em mais nenhum sítio do mundo. É que são ruas e transversais com edifícios de muitos andares repletos de tudo o que se possa imaginar para comprar. O problema é que se não soubermos o que queremos e procurarmos apenas isso rapidamente nos perdemos no meio de tanta tecnologia e depois já não saberemos onde encontrámos o preço mais baixo. A ajuda que vos posso dar é a seguinte. Se alguma vez se deslocarem até Akihabara, levem um caderno para apontar os preços do que vão vendo, não comprem nada na primeira loja que visitarem e digo-vos que será muito difícil de resistir, levem catálogos para poderem mostrar aos vendedores o que querem e peçam sempre que vos forneçam o manual em Inglês se não tiverem em Português pois todo o material que se vende aqui é quase na sua totalidade para consumo interno e traz apenas manuais em Japonês. Nunca é demais informar de que devem levar o passaporte convosco pois poderão ter isenção de taxas nas vossas compras.
O que é engraçado no Japão é que o preço constante nos catálogos dos fabricantes é sempre superior ao preço que encontramos nas lojas e estão sempre a haver promoções de produtos descontinuados que sairam há "três meses" e que entretanto já ninguém compra por existir um modelo novo. Já sabem que poderão se deslocar a Akihabara mas atenção aos gastos ou ficarão sem dinheiro para o resto da viagem.
Boas compras.

domingo, 13 de abril de 2008

A limpeza no Japão


O hábito de se descalçarem quando chegam a casa poderá indiciar uma atitude de limpeza para os Japoneses mas nem só disso se trata embora tenha muito a ver com o facto de não transportar a sujidade da rua para casa. De facto além disso os Japoneses têm também o intuito de se descalçarem para se sentirem mais à vontade em casa, facto que não poderão fazer no trabalho onde passam a maior parte do dia.
Voltando à parte da limpeza, de facto eles têm essa "mania" embora em casa por não passarem lá muito tempo do dia, sejam um pouco desarrumados e não é raro ver um daqueles pequenos apartamentos em Tóquio com tudo "entulhado" a um canto quase sem espaço para passar. Nos espaços públicos é que não é habitual ver lixo no chão nem as marcas das pastilhas pregadas ao chão nem beatas. de facto existe um conceito de limpeza e salubridade muito grande. Por exemplo o aeroporto de Narita em Tóquio é considerado o mais limpo do mundo e não é pouco vulgar ver trabalhadores de limpeza a aspirarem o chão e a limparem os tapetes rolantes. A foto que está em cima foi tirada no centro comercial do aeroporto de Narita.